domingo, 17 de outubro de 2010

Flight Report Copa Airlines: MAO-PTY-MCO

O Manaus Spotting Team traz neste domingo mais um flight report. Nosso colaborador Rogério Ruiz traz o relato de seu vôo entre Manaus e a Cidade do Panamá e desta para Orlando nas asas da Copa Airlines.


Copa Airlines
Embraer 190AR HP-1568CMP
Foto por Frederico Cavalcante



COPA AIRLINES - CM140 MAO-PTY


Flight report
Copa AIrlines
CM 140 - Manaus/Panamá
Data: 30 de Setembro

Pra variar, fazia um calor horrivel quando cheguei ao aeroporto. No guiche da Copa, o atendimento foi rápido e simpático. Como agente de viagens, embarcava com bilhete sem direito a espaço (stand by), recebi um boarding com este status, mas que me permitia passar para a sala de embarque. Lá, ele seria trocado por outro, ja com numero do assento. Assim, logo eu havia feito a imigração e esperava o embarque.

Pontualmente as 17h, o embarque foi iniciado. Nesta hora, tive uma excelente surpresa: fui presenteado com um up-grade para classe Executiva no trecho Manaus/Panamá! Pois bem, o embarque foi rápido e logo eu ja estava acomodado na poltrona 3A da classe Business Elite. Ainda de portas abertas foram servidos sucos ou água e ja fomos apresentados ao menu da classe Elite. Escolhi um vinho tinto para relaxar e aproveitar a decolagem.



Iniciado o push-back, logo estavamos taxiando em direção a cabeceira 10. Segundos antes de chegar ao fim da taxiway, o comandante anunciou "livre decolagem" para a tripulação e em seguida alinhou o Embraer na pista. Mais cinco segundos de espera, o ronco dos motores aumenta e sinto a pressão da aeronave ganhando velocidade enquanto dispara pela pista. Nose-up e rapidamente ganhamos altura. Curva a esquerda em direção noroeste, rumo ao Panamá.







Após estabilizarmos a 37 mil pés (FL 370), teve inicio o serviço de bordo. Eu ja havia escolhido meu lanche: dúo de hamburgueres com salada e torta de avelãs. Sim, o servoço é simples. Mas não há muito o q exigir, afinal é uma etapa curta, num fim de tarde. O serviço é correto. E gostoso!





Após o lanche, liguei o iPod, reclinei a poltrona e tirei um bom cochilo. Ao acordar, ja havíamos iniciado nossa descida para pouso no aeroporto de Tocumen. Sobrevoamos a baía do Panamá - sempre com muitos navios fundiados, aguardando sua vez de atravessar o canal. Configurado para pouso com full flaps, logo começamos a sentir as fortes correntes de ar que sempre soprarm por ali e o Embraer dançava suavemente, mas firme em seu rumo. Logo vi as luzes azuis da taxiway e em segundos tocamos o solo panamenho. Eram 19:45h, hora local. Mais alguns segundos de taxi e logo estávamos parados no portão 14, no satelite norte. Durante o taxi, a tripulação informou os portões de embarque daqueles que seguiriam viagem parw outro destino, como eu. Meu voo de continação partiria da porta 20, na parte central do terminal.

Após o desembarque, caminhei ate o portão 20, onde já havia uma pequena fila. Em segundos a fila tornou-se imensa! Havia muitos brasileiros procedentes de São Paulo e Belo Horizonte, cjuos voos dão conexão com este que é o último voo do Panamá para Orlando. E como em todo voo para os Estados Unidos, há sempre uma revista mais rigorosa em bolsas, sacolas e sapatos. Apesar disso, o embarque foi rapido. Troquei meu cartão stand-by no guichê em frente ao finger sem problemas, ainda que o voo estivesse bem ocupado. Não consegui porém nenhuma janela e me acomodei no assento 14D, uma fila atrás da saída de emergência, no corredor, grande vantagem para mim, pois o voo estava quase lotado. E apoltrona do meio ainda ficou vazia, possibilitando maior conforto para mim e para o passageiro que ocupava a poltrona da janela. Mesmo com o embarque encerrado, demoramos um bocado para inciar pushback e taxi. Quando finalmente o fizemos, estávamos uns 25 minutos atrasados. Provavelmente devido ao intenso trafego do horário que é de movimento muito intenso em Tocúmen. Seguimos então para a pista 03L e entramos na fila de decolagem. Éramos o terceiro avião. Durante o taxi, as instruções de segurança foram apresentadas no sistema audio-visual da aeronave. Pequenas telas desceram do painel acima das fileiras de poltronas. Que bom seria se os boeings da Gol também tivesse isso, nao? Mais seis minutos e finalmente alinhamos. Não demorou para que o comandante empurrasse as manetes de força quase de uma só vez, fazendo o 737 tremer e logo disparar pela pista. Rodamos e logo vi as luzes da cidade sumirem. Subimos rapido para tirar um pouco do atraso da partida. Após estabilizarmos, teve inicio o serviço de bordo. Pra quem voa sempre no Brasil, comida de verdade e quente é sempre uma boa surpresa a bordo de um avião. Após a refeição, mais um cochilo enquanto o valente 737-700 cruzava o mar do Caribe rumo à America.

As luzes se acenderam e la fora ja se viam luzes espalhadas a grandes distancias. Sobrevoámos a Flórida com motores em idle, descendo rápido. Logo se ouviu o som das engrenagens dos flaps; depois o ruído dos trens de pouso... Pela janela à minha direita, via as luzes ficando mais próximas... Luzes azuis das taxiways e... BUM! um baque surdo, com solavanco forte... Um pouso duro, como há muito tempo eu nao experimentava. Acredito q ele veio rapido demais, pois saimos da pista quase na ultima taxiway. Seguimos taxiando por alguns minutos ate o gate 31. Eram 01:15am. Conseguimos tirar parte do atraso da saída e o melhor: já estávamos em Orlando, sem ter que enfretar as quatro horas de estrada, se tivéssemos chegado em Miami. Depois foi só pegar o trem que liga os satelites do aeroporto com o terminal principal e pronto. Gostei da experiencia de voar Copa Airlines para Orlando.

sábado, 2 de outubro de 2010

Guia de Spotting - Aeroporto Internacional Eduardo Gomes

O Manaus Spotting Team publica hoje a segunda versão do guia de planespotting do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Agradecemos a todos os colaboradores e entusiastas pelo apoio, e este singelo guia é dedicado a todos vocês. Os locais de spotting mencionados são lugares nos quais o acesso não é restrito, todavia é sempre muito importante lembrar que a principal regra do planespotting é sempre respeitar as normas de conduta e segurança aeroportuária, o que permite que o hobby seja praticado sem que ofereça nenhum tipo de risco à segurança operacional.

Spotting Guide – Aeroporto Internacional Eduardo Gomes


Aeroporto Internacional Eduardo Gomes - TPS 1 (2003)
Foto por AirSpeed



O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes em Manaus é considerado uma das jóias do planespotting nacional, e motivos para isto não faltam:

• o aeroporto dispõe de um ótimo terraço, com algumas posições oferecendo a possibilidade de se fotografar sem que as famigeradas vidraças atrapalhem o hobby;
• o movimento de aeronaves em MAO está dentre o mais diversificado do país, principalmente no que se refere a aeronaves cargueiras, vôos charter, vôos regionais, aviação executiva e aeronaves executando escala técnica de/para a América Central e do Norte.

Em determinados dias, a movimentação cargueira é intensa durante o dia e à noite: em solo pode-se encontrar simultaneamente aeronaves do porte do DC-10, MD-11, Boeing 767 e Boeing 747. A movimentação doméstica não foge do que é o comum nos principais aeroportos brasileiros, todavia há alguns movimentos que se destacam: diariamente o aeroporto recebe o Airbus A330-200 e o Boeing 767-300ER da TAM; quatro vezes por semana pousa o Embraer 190 da Copa Airlines e três vezes semanalmente opera o Boeing 737-700 da Delta Air Lines (este vôo encerra-se em 30/01/2011).

Nos meses de janeiro a abril destaca-se a grande movimentação charter, em sua maioria proveniente dos EUA. Os principais visitantes neste período são os Boeing 737-800 da Miami Air International e DC-10-30 da Omni Air International.

A aviação regional possui papel marcante e essencial, com várias operações de ATR da Trip e Total, além das diversas empresas de táxi aéreo baseadas no Eduardo Gomes. Destaque também para os vários pousos técnicos que ocorrem na cidade, sejam eles de aeronaves comerciais de passageiros e de carga, aviação executiva e operações militares (principalmente USAF, Força Aérea da Venezuela e Argentina).

A disposição da pista, taxiways e pátio permitem que se fotografe durante todo ano, contudo em alguns meses o terraço fica em posição contrária a luz do sol. Os melhores meses para a prática do spotting compreendem o período entre março a agosto, quando o sol fica favorável durante todo o dia. No mês de setembro o sol passa a ficar sobre a pista e numa posição favorável somente no período da tarde. De outubro a fevereiro o terraço fica contra o sol e as fotos ficam com luz favorável somente quando o avião entra em determinados boxes: pela manhã nos boxes D, E e F e à tarde nos boxes A, B e C.



Principais locais de spotting

1) Terraço
2) Cercas
3) Avenida do Turismo


Locais de spotting


1. Terraço

O terraço do Eduardo Gomes é um dos melhores do país. Conhecido por alguns spotters como a “arquibancada” do SBEG, o local possui determinados locais nos quais é possível fotografar sem a presença dos vidros. Esses lugares são pequenas passagens estreitas próximos a mureta que separa o terraço do telhado, uma à direito e outra à esquerda.

No lado esquerdo do terraço tais passagens permitem que se fotografe aviões que taxiam provenientes do terminal 2 e do terminal de carga. Com mais alguns milímetros de distância focal é possível até registrar as aeronaves na taxiway bravo. No final desta taxiway e neste spot é possível fazer a foto mais característica de MAO, com luz favorável no período vespertino.





Na mureta do lado direito é possível fotografar todos os aviões que se dirigem à pista 10. Nas manhãs dos meses de luz favorável (março-setembro) é o melhor lugar para se conseguir sideshots.




É importante salientar que é terminantemente proibido subir no telhado, assim como jogar no lugar qualquer tipo de lixo ou resto alimentar.

O terraço é o ponto de referência utilizado quando falamos da posição do sol. Os vidros do local estão cobertos com película de insulfilm escura, o que pode até atuar a favor de evitar que algumas fotos estourem (principalmente quando se fotografa entre meio-dia às 15h). Recomendamos levar uma garrafa d’água, uma vez que o local é relativamente abafado.

Os usuários de DSLR necessitam de um range entre 18 (para aeronaves do porte do 747) a 200mm (para aviões do porte do Cessna Caravan) para se usar no terraço. Fotos de ação são possíveis somente de decolagem, e são necessários 250-300mm (no caso de widebodies) e 400mm (narrowbodies) para obter um bom resultado.



2. Cercas

Em cada lado do terminal há duas longas cercas as quais permitem observar parte do movimento do aeroporto, além de algumas aeronaves que ficam estacionadas no pátio. A primeira cerca fica ao lado do desembarque da TAM e do Bob´s, e permite uma visão direta dos aviões da Vasp que estão parados desde 2005. Neste spot também é possível fotografar aeronaves que estacionam no box F, com melhor luz durante a tarde.



A segunda cerca inicia-se na outra extremidade do terminal (ao lado do desembarque da Gol e da Casa do Pão de Queijo). Esta cerca vai até o portão principal de acesso ao Terminal de Cargas e à TWR SBEG, com diversas possibilidades de fotos durante o dia e à noite. O local não é deserto por possuir uma calçada na qual funcionários caminham entre o TPS1 e TPS2 mas o spotting através da cerca ficou um pouco mais difícil desde maio de 2010, quando tendas provisórias para o armazenamento de carga foram instaladas, o que impediu que se fotografasse os aviões que ficam estacionados nos boxes 19 e 20. Assim como ocorre no terraço, na parte inicial desta cerca é igualmente possível fotografar os aviões saindo da taxiway bravo.



3. Avenida do Turismo

A Avenida do Turismo é uma via que contorna parte da cabeceira 10 do SBEG. O lugar permite fotos de pouso, mas é consenso entre os spotters locais de que o local não é recomendado para a prática regular do spotting: trata-se de uma via de pouco movimento de pessoas, próxima a locais de mata fechada, onde não há local para estacionar e onde os veículos trafegam em alta velocidade. Nos meses de março a setembro o melhor ponto para fotografar fica em frente a um pequeno galpão próximo da entrada para a Praia Dourada. Nos meses de outubro a fevereiro, bons resultados são obtidos fotografando-se da calçada próximo ao condomínio Vila dos Passarinhos.



Sugerimos a nossos colegas entusiastas que fotografem sempre usando roupas leves (devido ao calor), e caso necessário, utilizem-se de algum produto (ou até mesmo papel higiênico molhado) para limpar as vidraças caso seja necessário. O rádio é um companheiro importante para o planespotting: basta sintonizar as frequências 118,3 e 119,1.

domingo, 26 de setembro de 2010

Flight Report Qatar Airways Parte 1: São Paulo-Buenos Aires

O Manaus Spotting Team traz hoje a primeira parte do flight report especial da Qatar Airways de autoria de nossos colaboradores Wesley Lichmann e Eduardo Bentes. Na primeira parte o trecho de ida entre o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos e o Aeroporto Ministro Pistarini de Buenos Aires/Ezeiza.


Qatar Airways
Boeing 777-2DZ(LR) A7-BBD
Foto por Andrew Compolo


QATAR AIRWAYS - QR921 GRU-EZE

Dia 4 de setembro, passava-se das 13h00min, realizávamos nosso check-out no hotel Matiz. Logo em seguida nos direcionamos para o microônibus que nos deixaria no TPS 1 do aeroporto de Guarulhos. Começaria a expectativa para pegarmos o vôo para Buenos Aires, mas não era qualquer vôo, voaríamos com a Qatar Airways, uma das 5 empresas do mundo ranqueada como 5 estrelas, segundo o guia Britânico Skytrax, o mais conceituado do setor.

Já nos encontrávamos no TPS-1 e caminhávamos pelo saguão de GRU em direção ao check-in da Qatar no TPS-2, mas como os balcões só abririam as 15h00min, fomos dar uma olhada nos vidros com vista para o pátio de GRU, que operava as pistas 27L e 27R em um dia com poucas nuvens e com temperatura agradável. Horas depois voltaríamos para as posições de check-in.

Aproximadamente 15 minutos antes das 14h40min(nosso vôo partiria às 17h40min), os balcões já estavam abertos. Sem fila relevante, uma funcionária já aparecia com um cordial “Bem vindo a Qatar Airways” e fornecendo um bag-tag muito bem feito por sinal. Em poucos minutos já estávamos sendo atendidos e o “Bem vindo a Qatar Airways” era ouvido novamente, com identidade, passaporte e os cartões de credito e do Privilege Club em mãos, realizávamos nosso check-in com um atendimento muito atencioso e cordial. Boarding pass na mão, assento 12A marcado no site da empresa, agora era só esperar pelo tão aguardado embarque.

Já passava das 15h30min e nos encontrávamos no setor de embarque do TPS-1, enquanto o belíssimo Boeing 777-200LR não chegava, acompanhávamos as saídas do “heavy metals” que partiam para vários destinos no Brasil e exterior. Minutos depois já se encontrava em solo a aeronave que nos levaria para Buenos Aires, depois de mais de 15h00min de vôo, o A7-BBD terminava a primeira etapa do vôo QR 921 DOH-GRU-EZE.



Passageiros e tripulação da etapa DOH-GRU já desembarcados, agora faltava poucos minutos para o embarque. Uma nova tripulação (realizam o bate e volta) assumiria essa perna do vôo GRU-EZE e assim que tudo já estava dentro dos conformes o embarque era iniciado 5 minutos antes do previsto, 16h05min. Passageiros com o Privelege Club dourado, Business class e com prioridade embarcaram primeiramente, depois de forma bem organizada pela empresa os passageiros da econômica embarcaram, primeiramente os pax com boarding pass com bolinha na cor vermelha e por ultimo os com bolinha azul localizada no canto esquerdo alto do boarding pass.



Eduardo e eu encontrávamos acomodados nas poltronas 11A e 12A respectivamente, cada um com seu travesseiro, manta e fone de ouvidos e tendo como vista à bem projetada asa do T7 com seus imponentes GE-90. As poltronas na configuração dos B777-200LR da Qatar Airways na econômica estão dispostas em 3-3-3, cada uma com sua respectiva tela e com o controle do sistema AVOD (Audio Vídeo On Demand), chamado pela Qatar de Oryx em referencia ao animal que pertence ao grupo de antílopes que também é o logo da companhia. Comecei explorando um pouco o Oryx, enquanto o push-back não era iniciado, e que belo sistema de AVOD é o Oryx, opções não faltam, filmes, musicas, programas de TV, jogos em grande quantidade e qualidade, só de áudio são mais de 500 opções de CDs de vários estilos.



Minutos antes das 17h40min o A7-BBD começa seu push-back, ouvia-se o baixíssimo ruído das GE-90, no PA alguns avisos foram realizados em quatro línguas: inglês, árabe, espanhol e português e os avisos de segurança eram realizados nas telas de cada poltrona. Push-back realizado, nosso taxi para a 27R de GRU começava, taxi pela G, B, ponto de espera da O, na O esperamos a decolagem de um A320 da TAM e de um B737-800 da Gol, ingressa na 27R, P, Q e alinha na 27R, iniciamos um rolling takeoff, chama a atenção o baixíssimo nível de ruído dos GE-90.



Avisos de cintos apagados e seguíamos subindo, suuuuuubindo ao 390 como nível final e no eixo da aerovia UM788 bloqueando Bagé trocando para UN741UA314 e iniciando a STAR até EZE. Pelo PA o aviso de que o serviço de bordo seria realizado em instantes, enquanto não era servido, acompanhava pela janela a subida do T7 ao som do U2, enquanto na poltrona da frente o Edu já selecionava o filme que iria ver por boa parte da viagem. Neste momento era entregue a cada passageiro lenços quentes, um menu com as sugestões de prato principal que neste dia era frango ou peixe, acompanhados de uma salada de feijão com um molho árabe, pão sírio, biscoitos e bolo de cenoura.

Mesinhas abertas e o bem apresentável jantar era devorado por todos na classe econômica, o jantar estava realmente saboroso e em boa quantidade, coisa raríssima nos tempos de hoje na aviação. Tudo de forma muito bem servida pela comissária que era oriental, aliás, as tripulações da Qatar são verdadeiras reuniões dignas de conselho da ONU, as tripulações são compostas por pessoas de várias nacionalidades.



Nivelados no 390, enquanto o Edu via seu filme, eu acompanhava o moving map, que indicava um tempo de vôo de 2h:30min ate a capital Argentina. O vôo transcorria de forma tranqüila. Dentro de mais alguns minutos iniciávamos nossa descida para Ezeiza. Sinceramente, este vôo não pareceu em nenhum momento um vôo de 2 horas e 30 minutos, pelo entretenimento e tempo muito bem dispensado ao jantar, mais parecia um vôo de 40 minutos ou algo parecido. Aproximação para EZE, e às 20h23min tocávamos a pista 11, o A7-BBD encerrava a ultima perna do QR 921.

Flight Report Qatar Airways Parte 2: Buenos Aires-São Paulo

Na segunda parte do flight report Qatar Airways, nosso colaborador Wesley Lichmann descreve a experência de voar na Classe Executiva da única empresa aérea cinco estrelas a operar no terrtório brasileiro. Embarque a partir de agora no QR922 Buenos Aires-São Paulo!


Qatar Airways
Boeing 777-2DZ(LR) A7-BBE
Foto por Steve Brimley


QATAR AIRWAYS - QR922 EZE-GRU

Nossa rápida passagem por Buenos Aires chegara ao fim. Tarde do dia 06, uma bela tarde com céu sem nenhuma nuvem e temperatura agradável, saímos de nosso hotel em Puerto Madero 5 horas antes do vôo, pegamos um taxi e dentro de aproximadamente 1 hora já estávamos no antiquado aeroporto de Ezeiza.



Nosso vôo partiria às 23h05min, balcões de check-in abertos as 20h e já encontrávamos uma pequena fila, que era causada por uma espécie de entrevista antes dos balcões de check-in. Realizada a mini entrevista, agora o caminho para o nosso check-in estava livre, novamente o check-in foi feito de forma cordial e atenciosa, milhas computadas no Privilege Club (mal sabia eu que isso iria me dar uma grata surpresa!) e boarding pass em mãos era hora de passar pelo processo de imigração. Neste horário EZE experimentava várias saídas internacionais, o processo de imigração era lento, perdemos bons minutos e com isso desfrutamos pouquíssimo do melhor Duty Free da America Latina. Se Ezeiza peca no quesito infra-estrutura, seu Duty Free dá um show.



Após gastar um pouco da grana no duty, era à hora de aguardar alguns minutos para o embarque. A aeronave que cumpriria o vôo que nos levaria ate GRU nesta noite era o A7-BBE, mais um 777-200LR da jovem frota da Qatar Airways, que se encontrava em posição remota. Minutos mais tarde a aeronave já se encontrava no gate 8, pessoas se aglomeravam ao redor do acesso do portão de embarque, eis que ocorre a chamada para o QR 922.





Como de praxe, passageiros com o Privilege Club dourado, Business class e com prioridade eram embarcados primeiramente, depois era vez dos passageiros da econômica, em EZE o embarque para econômica não se deu organizado com as bolinhas, mas sim com o numero do assento, nesta etapa meu assento marcado era o 30A e do Edu o 30B. Eis que uma grata surpresa ocorre! Quando entrego meu boarding pass o sistema alerta um erro, vou para o balcão ao lado do gate e os funcionários da Qatar chamam pelo meu sobrenome na sala de embarque, novo boarding pass e vem a noticia de que voaria na executiva do A7-BBE. Não poderia ocorrer surpresa melhor nesse dia! Assim que o funcionário do balcão informa: “Hoy va de ejecutiva”, recebo meu novo boarding pass com o assento 6A. Não perguntei o motivo de ter ido para a executiva, mas deve ter sido pela alta ocupação da econômica, como sou membro Privilege Club recebi o upgrade neste vôo.

Devidamente acomodado na 6A, recebo as boas vindas da comissária responsável por esta parte da cabine do T7, logo ela traz os fones de ouvido e o cardápio do jantar, que nesta noite era composto por: Aperitivo – salada grega com queijo, azeitonas e verduras variadas, prato principal com duas opções – Lasanha ao molho bolonhesa ou frango salteado com cebolas e arroz; e sobremesa – mousse de chocolate e uma porção de frutas.

Push back realizado pontualmente às 23h00min e começamos nosso taxi para a pista 11 de EZE. Aviso pelo PA em 3 línguas, nesta etapa o português não esteve presente. O comandante nos levara ao ponto de espera da 11, aguardamos por alguns segundos e estávamos alinhados. Potencia nas manetes e o A7-BBE rodava suave até ter seu manche puxado por um comandante ex-Varig e que já tinha voado a maquina, mas em sua versão ER na Rio-grandense. Sem restrições o QR 922 suuuuuuubia ao nível de cruzeiro autorizado, que nesta noite seria o 380.

Começo novamente a explorar o Oryx, dessa vez já sabendo das opções e quantas opções! Com certeza em vôos longos o Oryx é um baita diferencial. Selecionei uma das opções de áudio e comecei a experimentar a ótima poltrona da business class da Qatar. Business que está configurada em 2-2-2, tendo funções de massagem, telas do AVOD amplas e reclinação de 180 graus em flat bed. Com 1,80m de altura e com algumas hérnias na coluna, garanto a vocês que em vôos de longa duração as poltronas da executiva da Qatar no T7 são feitas para um belo sono, dá para dormir de forma tranqüila, confortável e privativa. Os comandos são de fácil entendimento, assim como o controle do AVOD. Tanto a poltrona como o Oryx são um show a parte! Optei por escutar uma seleção de musicas ao vivo da banda Genesis enquanto lia o jornal e esperava o serviço de jantar.




Panos quentes são oferecidos, depois a comissária responsável indaga qual é a minha opção de prato principal para o jantar, com a escolha já realizada, informei-a e prontamente fui atendido. Novamente, comida em boa quantidade e muito saborosa, sendo que poderia repetir a refeição. Assim que recebi o jantar, a indagação do que gostaria de beber, minha opção foi pela boa e velha Coca-cola. Saboreando o jantar, dou uma olhada para os GE-90 e imaginando as várias e várias milhas que seriam percorridas pelo QR 922 neste dia 07 de setembro que iniciara. Se estivesse na executiva ate Doha, dormiria sem problema algum durante horas ou mesmo sem sono o Oryx ajudaria a passar essas longas horas de vôo rapidamente.








A tripulação de forma atenciosa, perguntava se gostaria de algo mais, solicitei um novo copo de Coca e para que a bandeja com o jantar fosse retirada. Era hora de testar a poltrona, direto para a posição cama, 180 graus perfeitos! Muito confortável, mas como o vôo não era longo, sem tempo para um cochilo, infelizmente.

Com um provável vento de cauda o B777-200LR iniciava a descida para GRU, cumprindo a STAR Osamu para a pista 09R de Guarulhos. E uma sensação de tristeza já começava a bater neste que vos digita, tocamos a 09R no estilo pouso lambido, um belo pouso, diga-se de passagem, livramos pela CC, cruzamos a 09L, ingressamos na N, B para o gate no finger do TPS 2. Encerrava-se a primeira perna do QR 922 EZE-GRU-DOH, em menos de 2h15min.


Em tempos de uma aviação cuja competitividade é alta e os bons serviços são cada vez mais raros, voar em uma companhia cujo padrão é de alto nível realmente deixa um gostinho a mais. Mesmo sendo um passageiro de econômica ou executiva a Qatar Airways merece as 5 estrelas que possui atualmente, por toda a atenção prestada por sua tripulação e pessoal de terra em ambos os vôos, pelas poltronas tanto na executiva e econômica, seu sistema de entretenimento e por toda qualidade dispensada ao usuário, que cada vez mais está rara. Desejo sucesso a Qatar Airways em terras hermanas e Brasilis e que o alto padrão seja mantido. Que vários outros brasileiros possam escutar o “Bem vindo a Qatar Airways”.

Sucesso e parabéns Qatar Airways!

PS: Agradecimento especial a Eduardo Bentes colaborador e amigo do MST e companheiro nesta viagem, ao Frederico Cavalcante e para todos os membros do MST que cedem espaço no blog para este FR.

Papa Tango saudações e bons vôos a todos!