sexta-feira, 2 de março de 2012

Flight Report AMS-MUC-AMS voando na KLM/KLM Cityhopper

KLM - Royal Dutch Airlines
Boeing 737-7K2 PH-BGF
Foto por Jeffrey Schaffer

KLM Cityhopper
Embraer 190 PH-EZC
Foto por Joachim Eichner



AMS-MUC-AMS pela KLM/KLM Cityhopper
KL 1795 AMS-MUC
KL 1794 MUC-AMS

Por Frederico Cavalcante

Alguns dias após minha viagem a Amsterdã via Paris no 747 da AF, a missão seguinte das minhas férias seria um vôo até a Baviera no sul da Alemanha. Munique, 1,3 milhões de habitantes e terceira maior cidade do país era meu destino. E o que me interessava em MUC: a tradicional cerveja bávara, o clima agradabilíssimo, as grandes construções e imponentes praças e a oportunidade de a partir de MUC visitar (de trem) uma das cidades mais aconchegantes e belas que já estive: Salzburg, Áustria. Eu já estava há 3 dias em Amsterdã, e na manhã de 21/04/2011 meu vôo com destino ao aeroporto Franz Josef Strauss em MUC partiria da capital holandesa.

Por volta das 9 da manhã eu chegava no prédio do Embarque 2 de Schiphol em grande estilo: fretei um transporte executivo numa BMW do ano, já para entrar no clima da Bavária (a BMW, como o nome já indica, é a “fábrica” de automóveis da Baviera, com a sede em MUC). Como retornaria para Amsterdã após o domingo de Páscoa, optei por deixar alguns volumes no locker room disponibilizado em Schiphol. Para a bagagem que eu tinha a guardar o mais adequado era um locker tamanho médio, cujo aluguel custava 6 euros ao dia, com período máximo de armazenagem de 7 dias. O pagamento, via cartão de crédito, era feito por uma leitora na própria fechadura do guarda-volumes. Praticidade nota mil!

Já de volta ao saguão do Embarque (Vertrek, em holandês), dispus-me a observar no painel com dezenas de vôos qual seria o gate no qual embarcaria no vôo KL1795 para MUC. Em meio a 7 monitores consegui localizar a informação do meu check-in e embarque: KL1795, STD 1155LT (0655 hora BSB), gate C8 e check-in nos balcões 9 a 14. Para quem já estava com cartão de embarque bastava se dirigir ao drop-off, mas no meu caso ainda precisava emitir meus cartões num dos muitos totens azuis que a KL disponibiliza em Schiphol.



Fachada do prédio do Embarque 2 de Schiphol

SkyTeam domina o aeroporto

Embarque 3 de Schiphol

Saguâo principal do embarque 2

Painel de vôos de Schiphol...atenção ao procurar o seu!

Sinalização eficiente, impossível de se perder

Elevador para o guarda-volumes

Totem de check-in automático utilizado para quem voa pela KLM e Air France

Balcões de check-in

Check-in previamente realizado? Vamos despachar a bagagem!

Boarding passes

Bagagem despachada, hora de embarcar. Os procedimentos de segurança e raio X em Schiphol são extremamente rigorosos, mesmo para vôos dentro do espaço Schengen. Passado o raio X notei que é possível ter acesso a praticamente todos os setores de portões de embarque, sendo que para alguns deles, dependendo do destino do seu vôo (saindo do espaço Schengen), é necessário passar pela Imigração. Como embarcaria para a Alemanha e faltava 90 minutos para o embarque, resolvi dar uma volta pelo Duty Free e ainda fui atrás de algo para comer.

Schiphol é um aeroporto grandioso. Dependendo de onde você embarque a caminhada até o portão de embarque chega facilmente a 15-20 minutos a partir do momento em que se sai do Raio X. Para facilitar a vida de quem precisa se locomover (principalmente nos gates mais distantes), Schiphol disponibiliza esteiras....são muitas....e longas!! O horário estimado de saída era 11:55. Cinqüenta minutos antes já estava sentado no gate C8 aguardando o embarque do KL 1795. Quem estava designado naquela manhã de quinta era o Boeing 737-7K2 de matrícula PH-BGF, batizado como “Great White Heron/ Grote Zilverreiger” (traduzido para o português: grande garça branca). O avião voou pela primeira vez em 28/10/2008, sendo entregue à KLM em 15/12/2008; seu serial number é 30365, line number 2714 e como todo bom 737NG possui um par de motores CFM56-7B2.


Após o raio-X, parte do duty free de Schiphol

Opções para comer e beber nao faltam....

....enquanto contempla-se o 767 da Martinair.

Em AMS também há carros no duty free

Lojas e mais lojas do duty free

Parte do Food Plaza, um excelente local para comer no embarque

Vista do pier D: Martinair, Air Astana, ArkeFly, TACV, British e Croatia Airlines

Almoço na Food Plaza e os restaurantes que compõem o mesmo

Ponto de transferências para os outros piers de Schiphol

Esteiras e mais esteiras no pier C

Parte dos gates C

No C8 o PH-BGF

Informações sobre o embarque

Gate C8

BGF sendo carregado

Exatamente às 11:25 foi dada a primeira chamada para o embarque do KL 1795. Imediatamente ocupei meu assento (18A) e nisso o BGF foi enchendo. Quinze minutos depois éramos tratorados do C8 para o longo táxi até a cabeceira 36L da Polderbaan. À nossa frente várias aeronaves: alguns KLM, um 737 da El Al e outro da Turkish. Decolamos de Schiphol somente às 12:10h, e na subida efetuamos algumas curvas para a direita na proa do sul da Alemanha. O tempo estimado de vôo era de uma hora e vinte minutos. Logo que o BGF nivelou foi iniciado o serviço de bordo idêntico ao meu vôo Paris-Amsterdã 3 dias antes: snacks e refrigerantes.

Wingview do meu assento

Cabine de passageiros

Instruções de segurança na tela

Longo táxi, atravessando a ponte rumo à Polderbaan

Rotate!! 

Pitch do 737-700

Serviço de bordo: snacks e refrigerantes


Apesar do sol aquele início de tarde estava marcado por uma névoa seca que persistiu até o início da aproximação para MUC. Por volta das 13:30LT já estávamos na aproximação para a pista 08L (chamada habitualmente em MUC de Pista Norte), com bastante vento de través. O pouso ocorreu às 1335LT, com o BGF taxiando rumo ao Terminal 1 de MUC, Box 114, onde estacionamos. De forma semelhante ao que fiz em AMS não fui logo embora ao desembarcar. Atravessei todo o aeroporto e o Munich Airport Center até o Terminal 2, exclusivo da Star Alliance e Qatar Airways, até o Visitors Terrace, que apesar de ter vidros pode sim proporcionar excelentes fotos.

De MUC a melhor opção de transporte até a cidade são os trens da linha S-Bahn, ligando o aeroporto à estação central (Hauptbanhof em alemão) em 40-45 minutos através das linhas S1 e S8. O custo do bilhete diário para duas pessoas é de 19 euros. O motivo do alto preço é o fato de Munique estar separada em quatro zonas de transporte ferroviário, e quanto mais zonas são atravessadas mais caro é o bilhete.

Muito vento na aproximação para a 08 da esquerda

Em solo, speedbrakes abertos


Terminal 2 de MUC

Mais uma ponte até o Terminal 1

TPS 1 de Munique e a cobertura do Munich Airport Center ao fundo


Após 5 dias em Munique estava na hora de voltar para Amsterdã, onde eu ficaria mais uma semana até meu retorno para o Brasil. A partida do KL1794 do dia 26/04/2011 estava prevista para o meio-dia, e antes das 9 da manhã eu já estava na Munchen Hbf para pegar o trem até o aeroporto. Após quarenta minutos já saía da estação do Franz Josef Strauss no Terminal 1 próximo ao Munich Airport Center, um grande espaço aberto com lojas, restaurantes e até beer gardens localizado entre o T1 e o T2.

MUC foi o menor aeroporto que visitei (o “menor” com 34 milhôes de pax/ano!), mas mesmo assim a primeira missão era verificar em que setor do Terminal 1 partiria meu vôo. O Terminal 1 de MUC está subdividido nos módulos A, B, C, D e E, sendo o primeiro terminal inaugurado quando o novo aeroporto foi aberto em 1992 em substituição ao Munich-Riem Airport. O Terminal começou a operar em 2003, sendo subdividido nos setores F (gates não-Schengen) e G (gates Schengen). Além disso existe ainda o saguão F, próximo ao T2, que é praticamente exclusivo para os vôos que partem para Israel.

Após consultar o painel de vôos constato que o KL1794 partirá do gate D-15, Terminal 1, setor D. Hora de atravessar o aeroporto, que mesmo não sendo do tamanho de Schiphol exige grandes distâncias a serem percorridas a pé. A pé? Bom, lá também há esteiras, que ligam os terminais através de andares inferiores.

Vôos e mais vôos

Esteiras até o terminal 1-D

E mais esteiras!!

Ao chegar no setor 1D, descubro que não era possível fazer meu check-in no totem. O mesmo emitiu uma espécie de cartão de embarque de assistência a ser apresentado no check-in. Temi que houvesse algum problema na reserva, mas logo descubro que o que ocorrera é que eu estava pré-reservado em assento na saída de emergência. Apresento o cupom de assistência no balcão da AF (que faz o atendimento da KLM em MUC) e logo estou de posse dos cartões de embarque: KL 1794 para AMS, portão D15 embarque às 1130LT, assento 11A na saída de emergência.

Passado o procedimento de Raio X, fui até o gate de onde partiria meu vôo de volta para a Holanda e no gate estava estacionado o Embraer 190 de matrícula PH-EZC, serial number 19000250 e que foi entregue para a KLM Cityhopper em 20/02/2009. O interessante sobre as salas de embarque no TPS1 de MUC é que algumas delas possuem assentos já dentro da parte fixa das pontes de embarque.


Painel de vôos terminal 1-D

Check-ins de Air France/KLM/Alitalia/Delta (code share)

Cupom de assistência

EZC preparado para o vôo

A320 da AZA

Sala de embarque: como se fosse um corredor...

...e até dentro da ponte de embarque, com o portão ao fundo.

Pontualmente às 1130LT somos chamados para o embarque e vinte minutos depois o EZC foi tratorado para o pátio do Terminal 1. Taxi autorizado, o EZC dirigiu-se até a pista norte de MUC, cabeceira 08L, todavia a decolagem iniciou-se de uma intersecção da taxiway com a pista (4000 m de extensão total). Subimos com curva à esquerda em meio a um dos raros dias com nebulosidade neste mês de abril. Estabilizados em rota, iniciou-se o serviço de bordo com os já habituais snacks. Vale destacar o excelente conforto interno do 190, fato destacado por eu estar sentado na saída emergência.

O tempo de vôo entre as duas cidades foi de uma hora e às 1300LT já estávamos na aproximação para a pista 24 (Kaagbaan). Minutos depois tocávamos o solo holandês em um pouso suave a bordo do 190 da Cityhopper. O táxi foi rápido até o píer B, onde desembarcamos na posição B28. Ao nosso lado havia vários E190 da KLM Cityhopper estacionados nos outros portões, os quais tem um detalhe interessante: é necessário descer a escada própria na porta do avião e depois subir uma nova escada para poder adentrar a ponte de embarque. A rápida restituição de bagagem marca o fim deste agradável vôo a bordo do Embraer 190 da flag Carrier holandesa.

Avisos sempre importantes na saída de emergência

Push back

Deixando o gate

Ao fundo o Visitors Hill

Na entrada da intersecção de onde decolamos

Decolagem de MUC

Mais snacks no serviço

Cabine de pax do E190

De volta a Schiphol, hora de tráfego

Pátio regional

Outros E190 no pier B


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