domingo, 17 de outubro de 2010

Flight Report Copa Airlines: MAO-PTY-MCO

O Manaus Spotting Team traz neste domingo mais um flight report. Nosso colaborador Rogério Ruiz traz o relato de seu vôo entre Manaus e a Cidade do Panamá e desta para Orlando nas asas da Copa Airlines.


Copa Airlines
Embraer 190AR HP-1568CMP
Foto por Frederico Cavalcante



COPA AIRLINES - CM140 MAO-PTY


Flight report
Copa AIrlines
CM 140 - Manaus/Panamá
Data: 30 de Setembro

Pra variar, fazia um calor horrivel quando cheguei ao aeroporto. No guiche da Copa, o atendimento foi rápido e simpático. Como agente de viagens, embarcava com bilhete sem direito a espaço (stand by), recebi um boarding com este status, mas que me permitia passar para a sala de embarque. Lá, ele seria trocado por outro, ja com numero do assento. Assim, logo eu havia feito a imigração e esperava o embarque.

Pontualmente as 17h, o embarque foi iniciado. Nesta hora, tive uma excelente surpresa: fui presenteado com um up-grade para classe Executiva no trecho Manaus/Panamá! Pois bem, o embarque foi rápido e logo eu ja estava acomodado na poltrona 3A da classe Business Elite. Ainda de portas abertas foram servidos sucos ou água e ja fomos apresentados ao menu da classe Elite. Escolhi um vinho tinto para relaxar e aproveitar a decolagem.



Iniciado o push-back, logo estavamos taxiando em direção a cabeceira 10. Segundos antes de chegar ao fim da taxiway, o comandante anunciou "livre decolagem" para a tripulação e em seguida alinhou o Embraer na pista. Mais cinco segundos de espera, o ronco dos motores aumenta e sinto a pressão da aeronave ganhando velocidade enquanto dispara pela pista. Nose-up e rapidamente ganhamos altura. Curva a esquerda em direção noroeste, rumo ao Panamá.







Após estabilizarmos a 37 mil pés (FL 370), teve inicio o serviço de bordo. Eu ja havia escolhido meu lanche: dúo de hamburgueres com salada e torta de avelãs. Sim, o servoço é simples. Mas não há muito o q exigir, afinal é uma etapa curta, num fim de tarde. O serviço é correto. E gostoso!





Após o lanche, liguei o iPod, reclinei a poltrona e tirei um bom cochilo. Ao acordar, ja havíamos iniciado nossa descida para pouso no aeroporto de Tocumen. Sobrevoamos a baía do Panamá - sempre com muitos navios fundiados, aguardando sua vez de atravessar o canal. Configurado para pouso com full flaps, logo começamos a sentir as fortes correntes de ar que sempre soprarm por ali e o Embraer dançava suavemente, mas firme em seu rumo. Logo vi as luzes azuis da taxiway e em segundos tocamos o solo panamenho. Eram 19:45h, hora local. Mais alguns segundos de taxi e logo estávamos parados no portão 14, no satelite norte. Durante o taxi, a tripulação informou os portões de embarque daqueles que seguiriam viagem parw outro destino, como eu. Meu voo de continação partiria da porta 20, na parte central do terminal.

Após o desembarque, caminhei ate o portão 20, onde já havia uma pequena fila. Em segundos a fila tornou-se imensa! Havia muitos brasileiros procedentes de São Paulo e Belo Horizonte, cjuos voos dão conexão com este que é o último voo do Panamá para Orlando. E como em todo voo para os Estados Unidos, há sempre uma revista mais rigorosa em bolsas, sacolas e sapatos. Apesar disso, o embarque foi rapido. Troquei meu cartão stand-by no guichê em frente ao finger sem problemas, ainda que o voo estivesse bem ocupado. Não consegui porém nenhuma janela e me acomodei no assento 14D, uma fila atrás da saída de emergência, no corredor, grande vantagem para mim, pois o voo estava quase lotado. E apoltrona do meio ainda ficou vazia, possibilitando maior conforto para mim e para o passageiro que ocupava a poltrona da janela. Mesmo com o embarque encerrado, demoramos um bocado para inciar pushback e taxi. Quando finalmente o fizemos, estávamos uns 25 minutos atrasados. Provavelmente devido ao intenso trafego do horário que é de movimento muito intenso em Tocúmen. Seguimos então para a pista 03L e entramos na fila de decolagem. Éramos o terceiro avião. Durante o taxi, as instruções de segurança foram apresentadas no sistema audio-visual da aeronave. Pequenas telas desceram do painel acima das fileiras de poltronas. Que bom seria se os boeings da Gol também tivesse isso, nao? Mais seis minutos e finalmente alinhamos. Não demorou para que o comandante empurrasse as manetes de força quase de uma só vez, fazendo o 737 tremer e logo disparar pela pista. Rodamos e logo vi as luzes da cidade sumirem. Subimos rapido para tirar um pouco do atraso da partida. Após estabilizarmos, teve inicio o serviço de bordo. Pra quem voa sempre no Brasil, comida de verdade e quente é sempre uma boa surpresa a bordo de um avião. Após a refeição, mais um cochilo enquanto o valente 737-700 cruzava o mar do Caribe rumo à America.

As luzes se acenderam e la fora ja se viam luzes espalhadas a grandes distancias. Sobrevoámos a Flórida com motores em idle, descendo rápido. Logo se ouviu o som das engrenagens dos flaps; depois o ruído dos trens de pouso... Pela janela à minha direita, via as luzes ficando mais próximas... Luzes azuis das taxiways e... BUM! um baque surdo, com solavanco forte... Um pouso duro, como há muito tempo eu nao experimentava. Acredito q ele veio rapido demais, pois saimos da pista quase na ultima taxiway. Seguimos taxiando por alguns minutos ate o gate 31. Eram 01:15am. Conseguimos tirar parte do atraso da saída e o melhor: já estávamos em Orlando, sem ter que enfretar as quatro horas de estrada, se tivéssemos chegado em Miami. Depois foi só pegar o trem que liga os satelites do aeroporto com o terminal principal e pronto. Gostei da experiencia de voar Copa Airlines para Orlando.

sábado, 2 de outubro de 2010

Guia de Spotting - Aeroporto Internacional Eduardo Gomes

O Manaus Spotting Team publica hoje a segunda versão do guia de planespotting do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Agradecemos a todos os colaboradores e entusiastas pelo apoio, e este singelo guia é dedicado a todos vocês. Os locais de spotting mencionados são lugares nos quais o acesso não é restrito, todavia é sempre muito importante lembrar que a principal regra do planespotting é sempre respeitar as normas de conduta e segurança aeroportuária, o que permite que o hobby seja praticado sem que ofereça nenhum tipo de risco à segurança operacional.

Spotting Guide – Aeroporto Internacional Eduardo Gomes


Aeroporto Internacional Eduardo Gomes - TPS 1 (2003)
Foto por AirSpeed



O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes em Manaus é considerado uma das jóias do planespotting nacional, e motivos para isto não faltam:

• o aeroporto dispõe de um ótimo terraço, com algumas posições oferecendo a possibilidade de se fotografar sem que as famigeradas vidraças atrapalhem o hobby;
• o movimento de aeronaves em MAO está dentre o mais diversificado do país, principalmente no que se refere a aeronaves cargueiras, vôos charter, vôos regionais, aviação executiva e aeronaves executando escala técnica de/para a América Central e do Norte.

Em determinados dias, a movimentação cargueira é intensa durante o dia e à noite: em solo pode-se encontrar simultaneamente aeronaves do porte do DC-10, MD-11, Boeing 767 e Boeing 747. A movimentação doméstica não foge do que é o comum nos principais aeroportos brasileiros, todavia há alguns movimentos que se destacam: diariamente o aeroporto recebe o Airbus A330-200 e o Boeing 767-300ER da TAM; quatro vezes por semana pousa o Embraer 190 da Copa Airlines e três vezes semanalmente opera o Boeing 737-700 da Delta Air Lines (este vôo encerra-se em 30/01/2011).

Nos meses de janeiro a abril destaca-se a grande movimentação charter, em sua maioria proveniente dos EUA. Os principais visitantes neste período são os Boeing 737-800 da Miami Air International e DC-10-30 da Omni Air International.

A aviação regional possui papel marcante e essencial, com várias operações de ATR da Trip e Total, além das diversas empresas de táxi aéreo baseadas no Eduardo Gomes. Destaque também para os vários pousos técnicos que ocorrem na cidade, sejam eles de aeronaves comerciais de passageiros e de carga, aviação executiva e operações militares (principalmente USAF, Força Aérea da Venezuela e Argentina).

A disposição da pista, taxiways e pátio permitem que se fotografe durante todo ano, contudo em alguns meses o terraço fica em posição contrária a luz do sol. Os melhores meses para a prática do spotting compreendem o período entre março a agosto, quando o sol fica favorável durante todo o dia. No mês de setembro o sol passa a ficar sobre a pista e numa posição favorável somente no período da tarde. De outubro a fevereiro o terraço fica contra o sol e as fotos ficam com luz favorável somente quando o avião entra em determinados boxes: pela manhã nos boxes D, E e F e à tarde nos boxes A, B e C.



Principais locais de spotting

1) Terraço
2) Cercas
3) Avenida do Turismo


Locais de spotting


1. Terraço

O terraço do Eduardo Gomes é um dos melhores do país. Conhecido por alguns spotters como a “arquibancada” do SBEG, o local possui determinados locais nos quais é possível fotografar sem a presença dos vidros. Esses lugares são pequenas passagens estreitas próximos a mureta que separa o terraço do telhado, uma à direito e outra à esquerda.

No lado esquerdo do terraço tais passagens permitem que se fotografe aviões que taxiam provenientes do terminal 2 e do terminal de carga. Com mais alguns milímetros de distância focal é possível até registrar as aeronaves na taxiway bravo. No final desta taxiway e neste spot é possível fazer a foto mais característica de MAO, com luz favorável no período vespertino.





Na mureta do lado direito é possível fotografar todos os aviões que se dirigem à pista 10. Nas manhãs dos meses de luz favorável (março-setembro) é o melhor lugar para se conseguir sideshots.




É importante salientar que é terminantemente proibido subir no telhado, assim como jogar no lugar qualquer tipo de lixo ou resto alimentar.

O terraço é o ponto de referência utilizado quando falamos da posição do sol. Os vidros do local estão cobertos com película de insulfilm escura, o que pode até atuar a favor de evitar que algumas fotos estourem (principalmente quando se fotografa entre meio-dia às 15h). Recomendamos levar uma garrafa d’água, uma vez que o local é relativamente abafado.

Os usuários de DSLR necessitam de um range entre 18 (para aeronaves do porte do 747) a 200mm (para aviões do porte do Cessna Caravan) para se usar no terraço. Fotos de ação são possíveis somente de decolagem, e são necessários 250-300mm (no caso de widebodies) e 400mm (narrowbodies) para obter um bom resultado.



2. Cercas

Em cada lado do terminal há duas longas cercas as quais permitem observar parte do movimento do aeroporto, além de algumas aeronaves que ficam estacionadas no pátio. A primeira cerca fica ao lado do desembarque da TAM e do Bob´s, e permite uma visão direta dos aviões da Vasp que estão parados desde 2005. Neste spot também é possível fotografar aeronaves que estacionam no box F, com melhor luz durante a tarde.



A segunda cerca inicia-se na outra extremidade do terminal (ao lado do desembarque da Gol e da Casa do Pão de Queijo). Esta cerca vai até o portão principal de acesso ao Terminal de Cargas e à TWR SBEG, com diversas possibilidades de fotos durante o dia e à noite. O local não é deserto por possuir uma calçada na qual funcionários caminham entre o TPS1 e TPS2 mas o spotting através da cerca ficou um pouco mais difícil desde maio de 2010, quando tendas provisórias para o armazenamento de carga foram instaladas, o que impediu que se fotografasse os aviões que ficam estacionados nos boxes 19 e 20. Assim como ocorre no terraço, na parte inicial desta cerca é igualmente possível fotografar os aviões saindo da taxiway bravo.



3. Avenida do Turismo

A Avenida do Turismo é uma via que contorna parte da cabeceira 10 do SBEG. O lugar permite fotos de pouso, mas é consenso entre os spotters locais de que o local não é recomendado para a prática regular do spotting: trata-se de uma via de pouco movimento de pessoas, próxima a locais de mata fechada, onde não há local para estacionar e onde os veículos trafegam em alta velocidade. Nos meses de março a setembro o melhor ponto para fotografar fica em frente a um pequeno galpão próximo da entrada para a Praia Dourada. Nos meses de outubro a fevereiro, bons resultados são obtidos fotografando-se da calçada próximo ao condomínio Vila dos Passarinhos.



Sugerimos a nossos colegas entusiastas que fotografem sempre usando roupas leves (devido ao calor), e caso necessário, utilizem-se de algum produto (ou até mesmo papel higiênico molhado) para limpar as vidraças caso seja necessário. O rádio é um companheiro importante para o planespotting: basta sintonizar as frequências 118,3 e 119,1.